Por um novo feminismo – parte 1

por um novo feminismo“O que você quer ser quando crescer?”.

A resposta não me inquietou na infância, nem adolescência, mas tem me inquietado há alguns anos. E esta semana me deparei com um livro cujo título “Por um novo feminismo” me chamou a atenção e o início me fez compactuar com o conteúdo: a autora, Sueli Caramello Uliano, passou a pensar no tema quando sua filha de 3 anos lhe dá a resposta chocante:

  • Quero ser mãe!

Imediatamente, tentou dissuadi-la: “Não quer ser professora? Médica?”, mas a pequena foi convicta:

  • “É claro que quero ser mãe!”

Não tenho filhos, mas, como leitora, recebi um choque, da mesma forma que a mãe se surpreendeu naquele momento. Mas por quê? Não é esse um dos papéis mais prováveis – e naturais – que a mulher pode exercer, enquanto mulher?  Ainda que for médica, advogada, jornalista, etc. etc. Ainda que for esportista ou sedentária. CEO ou dona de casa. Ainda que for gorda ou magra. Alta ou baixa.

Por que podemos ser o que quisermos… só não podemos ser mulheres? Com todas as coisas boas e ruins que constituem a nossa natureza? Onde foi que perdemos o fio da meada, discutindo o que poderíamos conquistar, esquecendo do que não podemos renunciar? Tendo orgulho das conquistas, e vergonha da natureza?

Vergonha de querer casar, ser mãe ou dona de casa? Porque, se, sobretudo, continuamos fazendo isso, ainda que continuemos tentando conquistar o mundo lá fora?

Definitivamente, é libertador quando paramos de querer igualdade – de todas as formas – e decidimos encarar as diferenças: desde o fato de precisar de ajuda (às vezes) para abrir potes de compota, até ter TPM ou ter que amamentar. Aí começamos a pensar com justiça, que foi o que impulsionou o início do movimento feminista e que, na minha opinião, deve permear todas as relações humanas.

Ufa! Quase doeu escrever esse texto. Quase! Não dói mais.

 

 

Como chegar a “perfeição” da beleza exterior?

A beleza sempre foi um assunto que me instigou. Porque não é unânime, depende do olhar do espectador, mas também de uma série de outros fatores que à primeira vista parecem simplesmente inexplicáveis.

Parecem…Hum. E se tiver uma explicação? Jornalista, curiosa… essa sou eu! E fui em busca de algumas pistas…No vídeo, o segundo da série Soul Mulher, faço um resumo para incentivar você a buscar seu auge da beleza exterior, comentando sobre a matemática da beleza.

Tenho um palpite polêmico e até engraçado: usar decote ou shortinho é equivalente a colocar um ponto vermelho na pintura da Monalisa, de Leonardo da Vinci.  

Posso usar o que quiser. Ninguém vai ter razão quando o que está em discussão é apenas o direito à liberdade.

 

O que me convenceu de fato foi outra questão – contraditória e instigante.

Comecei a reparar que as mulheres que eu considerava mais bonitas e elegantes não me chamavam atenção apenas por uma característica, mas pelo todo! Tudo – roupa, cabelo, etc. – estava em harmonia. Fiz o mesmo teste com outras pessoas, homens e mulheres. A percepção sobre beleza foi unânime.

Comecei a pesquisar sobre o assunto e descobri inúmeros estudos científicos sobre a beleza estética. Por incrível que pareça, é algo matemático!

Leonardo Da Vinci, por exemplo, mostrou através de seus desenhos que a simetria entre os lados direito e esquerdo do ser humano equilibra nosso olhar e reforça a impressão de ‘perfeição’. Desde o início da humanidade, a esta ‘perfeição’ chamamos de beleza.

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Entre as pessoas consideradas ‘perfeitas’, de acordo com a proporção áurea, está a atriz Angelina Jolie

A partir dos primeiros estudos, há séculos foi estabelecida a proporção áurea ou proporção de ouro, chamada phi. Trata-se de um estudo matemático comprovando que tudo que vemos segue uma proporção cuja razão é igual a 1,618.

A partir dessa proporção, o médico cirurgião Stephen Marquardt desenvolveu a ‘mascara da beleza’ e observou que os rostos considerados ‘belos’ se encaixavam nessa máscara. Quanto mais se aproxima dessa proporção, mais bonita a pessoa é considerada. Não se trata de ter cada parte ‘perfeita’, o nariz pequeno, os olhos verdes, etc. mas sim uma simetria matemática dentro da proporção áurea.

Não imagino o que acontece em nosso cérebro, mas é natural e instintivo: ao encararmos uma proporção áurea, nossa percepção é imediatamente levada à consideração do que é belo.

O todo deve ser harmonioso – e os detalhes externos, inclusive a roupa, contribuem para isso. Então, o que me convenceu foi perceber que a verdadeira beleza está na harmonia, dentro de uma determinada proporção, que, ao olharmos, se aproxima do phi.

Usar um shortinho, um decote ou uma saia muito curta faz com que chamemos a atenção para uma só parte – e a matemática da beleza vai para o espaço!

Isso me fez chegar à consideração : chamar a atenção para uma parte específica é como fazer um ponto vermelho no nariz da pintura da Monalisa.

monalisa ponto2

 

 

Para onde irá, imediatamente, nosso olhar?

Se o objetivo é ficar mais bela, cada ponto vermelho é equivalente a se afastar deste propósito… Em outras palavras, é estragar a obra.

Sim, eu acho que cada um de nós é como uma obra de arte e que a moda, beleza, etc. podem dar uma ajudinha preciosa… Claro que isso não significa buscar a ‘perfeição’ a qualquer custo, com roupas caras, cirurgias estéticas, etc. etc. etc. mas buscar, dentro do nosso estilo e gosto, nossa melhor versão…

Vou continuar investigando o assunto e compartilhando minhas descobertas… Por enquanto, ao menos pra mim, bye bye pontinhos vermelhos!

Soul Mulher: beleza de corpo e alma

Eu sei que esse objetivo é um pouco polêmico, porque há tempos as fórmulas para ficarmos mais lindas estão sendo descartadas. Mas algumas receitas continuam: procedimentos estéticos, cirurgia plástica, exercício físico, maquiagem… sem falar em roupas novas.

Tudo isso é válido? Sim! Definitivamente, são ‘remédios’ eficazes para melhorar nossa aparência. Masssss… não vivemos só de aparências, certo?

Já no meu primeiro argumento, encontrei a deixa para falar sobre o projeto que acabo de criar: o Soul Mulher, no qual quero compartilhar minhas descobertas e ajudar outras mulheres a buscarem a verdadeira beleza: de corpo e alma! 

De onde surgiu?

Há algum tempo minha trajetória profissional e meus dilemas pessoais me levaram a me interessar mais sobre a beleza.

Comecei como todo mundo: estudando sobre moda, maquiagem…e então, em algum momento, encarei uma viagem ao meu interior para que tudo fizesse sentido. Para que minha autoestima não estivesse necessariamente atrelada a cortar o cabelo e/ou comprar um sapato novo para então me sentir mais bonita.

Simples, mas não fácil

Me surpreendi, no caminho, ao encontrar filósofos e argumentos que tornaram os dilemas simples e a busca pela beleza mais ainda! Tá bem… confesso que o caminho não é fácil, mas é simples e acessível a todos, não importa a classe social, nacionalidade, profissão e, principalmente, não tem a ver com ter um corpo perfeito e os últimos lançamentos da moda, etc. etc. etc.  Ufa!

Quem sou eu?

Não sou coach e não sou consultora de imagem (ainda)… Por enquanto, sou só uma jornalista curiosa e uma consultora de beleza que anseia ajudar outras mulheres a chegarem ao seu auge da beleza!

Hoje minha ocupação é o doutorado em Jornalismo e o Soul Mulher é apenas um hobbie (quem sabe depois do doutorado possa ser algo mais concreto), mas por enquanto é uma forma de chegar às amigas que não consigo sair para tomar um café, nem encontrar para falar sobre a vida, além de ser uma forma de me juntar a outras pessoas que podem se identificar com meus anseios.

Para quem é o Soul Mulher?

Nesse projeto, todos são bem-vindos, principalmente mulheres. Ou seja (como explico no primeiro vídeo), me identifico com os dramas, buscas, dilemas, etc. de mulheres como eu. Contudo, homens são bem-vindos para se engajarem ao debate, e também porque muitas descobertas servem para todos!

Também não tem idade! Embora minha linguagem talvez seja um pouco mais “adulta”, se desde adolescente eu soubesse o que sei agora sobre esse tema, evitaria muitos altos e baixos de autoestima e autoconfiança, entre outras percepções equivocadas sobre minha própria beleza.

No vídeo eu comento um pouco mais sobre mim e sobre esse novo desafio! O que vocês acharam?

logo

 

 

 

 

Quero ser fashion, e agora?

Cena 1:
A saia é linda. A blusa é maravilhosa. O sapato é perfeito. Você veste os três e parece um personagem de desenho animado. Snif.

Cena 2: 
O look ficou lindo no manequim da loja. Desta vez, não tem erro! Você veste os três e parece uma capa de botijão. Snif. 

Cena 3:
Você decide usar só roupas pretas. Afinal, parece ser a solução. Você usa preto uma fase inteira da sua vida, até não aguentar mais e alguém perguntar se você está depressiva ou de luto. Snif.

Em qual cena você se encaixa? Já viu esse filme antes?

Eu sempre quis ser fashion, mas descobri essa verdade há algum tempo: algumas pessoas tem bom gosto naturalmente, outras precisam estudar  – e muito – sobre moda! Sou uma dessas pessoas… que há algum tempo descobriu esse universo, que não se restringe às roupas, mas, como escrevi no post anterior, comunica o que somos, uma mensagem, expressa muito sobre nós.

Pensando em tudo isso, que responsabilidade escolher o que vestir, hein?

Moda democrática

É totalmente verdade que estamos em uma época democrática: há roupas para todos os estilos e gostos – e quase nada ‘sai de moda’.

Mas as cenas descritas acima continuam se repetindo e tenho certeza que, como eu, muitas outras pessoas gostariam de se sentir melhor e combinar melhor, de acordo com o próprio estilo. E por estilo não falo em pré-definições, como “moderna”, “casual”, “romântica”.

Talvez, alguma dessas palavras pode ajudar no início, mas geralmente nos encaixamos em mais do que apenas um estilo e o importante é nos conhecermos bem.

Como se conhecer?

Eu comecei com um exercício simples: primeiro, definindo palavras que acreditava se encaixarem comigo. Depois, pesquisando jornalistas, apresentadoras, blogueiras, atrizes, etc. cujo estilo eu admirava e cujas roupas eu também usaria. Comecei a segui-las nas redes sociais e observar seus looks e combinações.

Essa mesma técnica – de observação – é usada na Programação Neuroliguística em relação a figuras intelectuais, cujo sucesso também queremos alcançar, por isso acredito que também funcione se tratando da moda e beleza.

Algum tempo depois de seguir as que escolhi como modelos, eu descartei aquelas que percebi divergências: não uso decotes ou roupas muito curtas, por exemplo. Fiquei com duas ou três  que continuo observando. Pessoas que, acredito, tem o ‘bom gosto’ que eu gostaria de ter, ou então alguma personal stylist que tem bom gosto por elas. E não apenas isso, mas que também mantém uma coerência de vida.

Nos próximos posts comentarei mais sobre isso!

 

 

 

 

A roupa é comunicação

Eu sou uma daquelas pessoas que desde menina busca estar bem vestida, mas que durante anos ficou migrando de estilo em estilo, procurando algum que se ‘encaixasse’.  O caminho teria sido bem mais curto se soubesse de algumas verdades sobre a moda e a beleza muito antes, por isso decidi compartilhar o que tenho aprendido.

Espero ajudar muitas outras meninas e mulheres a se sentirem bem consigo mesmas e melhorarem a forma como são vistas pelo mundo.

1 – A roupa é comunicação

Isso é extremamente importante: a roupa que vestimos passa uma mensagem. Eu achava besteira, até ler inúmeras pesquisas sobre a cor da camisa escolhida pelos candidatos a cargos políticos ou sobre como as cores e formas influenciam na condução do nosso pensamento.

Ou seja, quem define a mensagem não é você, mas uma série de fatores culturais, sociais e cognitivos, baseados em construções históricas de quem a vê. Tudo isso, baseado em alguns conceitos e também preconceitos.

Algumas imagens se tornaram tão emblemáticas, seja através de personagens do cinema ou da televisão ou da própria história, que ainda fazem parte do imaginário popular. E eles são apenas uma parte desse universo inconsciente.

Assim, você pode até não se importar com o que os outros vão pensar ao escolher determinada roupa, mas pode ter consequências sobre as quais não terá controle. O que você quer comunicar?

Nos próximos posts, pretendo discutir um pouco mais sobre isso, principalmente sobre a coerência. Embora poucas vezes tenha ouvido falar sobre ela no campo da moda, acredito que este é um conceito central para responder a pergunta do parágrafo anterior.

Afinal, o que você quer comunicar?

Pra mim, tudo começou começou com essa pergunta. E a resposta foi longa… Pegue uma caneta e um papel e defina-se! Quem é você? Você consegue se expressar através das suas roupas?

Até o próximo post!

Aprenda o segredo das hamburguerias: ‘essência de fumaça’

O segredo

Você já deve ter se perguntado como o hambúrguer feito nos restaurantes tem aquele gosto tão característico. Pode ter tentado fazer mil vezes em casa, comprado os ingredientes e nada de ficar igual. Sabe porque? Continue reading “Aprenda o segredo das hamburguerias: ‘essência de fumaça’”

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Você já ouviu falar de hambúrguer de pato?

Conhecer novas iguarias

O Ver Mais, da RIC Record, me proporcionou conhecer iguarias que eu nem imaginava existir, uma delas foi esse hambúrguer, que o chef do Bistrô Dacampora, que eu também já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visitado.

Uma casa – um restaurante

O local é uma graça! Parece uma casa – e é! O fundador adaptou a própria casa e ele mesmo era o chef. Hoje é sua filha, Maria Eduarda Dacâmpora, que cuida do local. É um clima de família, com móveis de época, cada cômodo funcionando como um local específico do restaurante.

Cardápio

O cardápio também é diferenciado, com pratos como este hambúrguer, servido com um molho especial. No vídeo, o chef explica como fazer e dá algumas dicas sobre o preparo dessa carne:

Thiago Tavares X Géssica Valentini: lutando com o campeão

UFC, MMA…

Confesso que antes dessa reportagem eu tinha um pouco de dificuldade de saber a diferença das denominações. Pra mim, luta era luta. Também tinha um pouco de preconceito: por quê? Para que? Continue reading “Thiago Tavares X Géssica Valentini: lutando com o campeão”